POSTURAS
SER POEMA EM HIATO DO EXISTIR
Navegando em redes inexistentes, o poema segue e se adultera em rimas atropeladas.
Flutuando em nuvens inexistentes, o poema voa e se perde em métricas descabidas.
Curtindo em espaços inexistentes, o poema sorri e se finda em literaturas desprovidas.
Comentando em diálogos inexistentes, o poema fala e se cala em falácias desnutridas.
Encarando em faces inexistentes, o poema emociona e se busca em lacunas preenchidas.
Publicando em papéis inexistentes, o poema surge e se basta em palavras polidas.
Devorando menus inexistentes, o poema sacia e se devora em paragens desconhecidas.
SER POEMA É UM ATO DO INSISTIR