COMPUTAdores
Juliana Valis
Em quais chamas se encontrará
O sentido intrínseco à vida ?
Entre luz e sombra, entre céu e mar,
Um coração conduz à aurora arrefecida
De sonhos que não se explicam,
Que não se entendem, nem surpreendem luas
Daquilo que paira entre estrelas vãs da matéria,
Nas manhãs em que atravessamos ruas,
Com as cruas esperanças de sermos livres...
E os olhares que se cruzam pelas esquinas,
Como bares de casuais encontros,
No contraponto breve dessas rimas,
Angústia leve sem qualquer desconto
Ao fato de sermos, simplesmente, humanos,
Nos mundanos paradoxos de uma mesma essência...
Haverá computador que compute a dor ?
Haverá amor além do espaço no infinito em chama ?
Bem ou mal, nada se perde em tudo que restou,
Como labirinto humano de um e(terno) drama,
Que sinto e sentiremos no que houver de amor,
No que houver de enigma que a existência clama,
Perguntando à alma o que é sentido em cor,
Fervor perdido em cada breve chama...
Ah, informática transcendental de tempos,
Paradigmática, tão formal e lógica,
Computará as dores como sentimentos,
Logaritmos de amores na base mais robótica ?
Computadores, nunca processarão as dores em seus chips lentos,
Momentos tão humanos que só a alma entende,
No coração, sem calma, hardware de ventos.
---
coletânea Eldorado (poema enviado).
http://www.celeirodeescritores.org/
Juliana Valis
Em quais chamas se encontrará
O sentido intrínseco à vida ?
Entre luz e sombra, entre céu e mar,
Um coração conduz à aurora arrefecida
De sonhos que não se explicam,
Que não se entendem, nem surpreendem luas
Daquilo que paira entre estrelas vãs da matéria,
Nas manhãs em que atravessamos ruas,
Com as cruas esperanças de sermos livres...
E os olhares que se cruzam pelas esquinas,
Como bares de casuais encontros,
No contraponto breve dessas rimas,
Angústia leve sem qualquer desconto
Ao fato de sermos, simplesmente, humanos,
Nos mundanos paradoxos de uma mesma essência...
Haverá computador que compute a dor ?
Haverá amor além do espaço no infinito em chama ?
Bem ou mal, nada se perde em tudo que restou,
Como labirinto humano de um e(terno) drama,
Que sinto e sentiremos no que houver de amor,
No que houver de enigma que a existência clama,
Perguntando à alma o que é sentido em cor,
Fervor perdido em cada breve chama...
Ah, informática transcendental de tempos,
Paradigmática, tão formal e lógica,
Computará as dores como sentimentos,
Logaritmos de amores na base mais robótica ?
Computadores, nunca processarão as dores em seus chips lentos,
Momentos tão humanos que só a alma entende,
No coração, sem calma, hardware de ventos.
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coletânea Eldorado (poema enviado).
http://www.celeirodeescritores.org/