Eu? o tempo.

As estrelas migravam entre as constelações,

Mas aqui embaixo ainda era frio e solitário.

Quantos verões se passaram?

Antes que o sol pudesse novamente adormecer.

Eu me lembro que meu corpo sofria com o tempo,

Com suas marcas e mutações.

Eu era apenas um menino

Andando com os olhos vendados,

Sobre uma corda em um penhasco,

E seu relógio de bolso as mãos.

Não temendo o que não via,

Pois sabia que a eternidade estava sobre seu controle,

As feridas abertas dos momentos mortos,

Escorriam em forma de prantos de alívio.

Me libertara de toda a carga de ser gente grande,

Pois estava novamente entregue ao silêncio

Das portas portas que um dia eu as abri,

E que o destino hoje as fecha, no tempo certo.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 31/03/2015
Código do texto: T5190560
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