Eu? o tempo.
As estrelas migravam entre as constelações,
Mas aqui embaixo ainda era frio e solitário.
Quantos verões se passaram?
Antes que o sol pudesse novamente adormecer.
Eu me lembro que meu corpo sofria com o tempo,
Com suas marcas e mutações.
Eu era apenas um menino
Andando com os olhos vendados,
Sobre uma corda em um penhasco,
E seu relógio de bolso as mãos.
Não temendo o que não via,
Pois sabia que a eternidade estava sobre seu controle,
As feridas abertas dos momentos mortos,
Escorriam em forma de prantos de alívio.
Me libertara de toda a carga de ser gente grande,
Pois estava novamente entregue ao silêncio
Das portas portas que um dia eu as abri,
E que o destino hoje as fecha, no tempo certo.