Fresta
Da janela ela via, a luz que a cegava.
Apoiada no parapeito, era ela e mais nada.
Da janela ela ouvia, o som que a ensurdecia.
Apoiada no parapeito, era ela e a melancolia.
Da janela ela sentia, a brisa que a esfriava.
Apoiada no parapeito, ela ela e mais nada.
Da janela ela sentiu, o fio da vida ser cortado;
E no parapeito, não estava mais apoiada.