COMO DIRIA ZECA BALEIRO

O amor...? deu uma fugidinha,
Pelas sonoras entrelinhas,
De alguma poesia,
Foi talvez, brincar com a estrela guia,
Sentir a transcendente leveza de ser,
Talvez, luzir nos matizes do sideral amanhecer,
Bem distante dos descomunais entreveros.
O amor...? se transformou em um festeiro,
Passageiro da aventura,
Sem censura, com agridoce loucura,
Sem medo de se perder,
Se fez senhor da travessia,
Inventou a própria via,
Macia como lã de um cordeiro,
Como a brisa sobre o lençol do mar.
O amor...? não, não tem hora pra voltar,
Não tem ninguém para obedecer,
Como diria Zeca Baleiro:
- Até mesmo o amor, cansou de sofrer.