ALMA ILUSÓRIA

Assim palpitava meu coração,

Descompassado órgão de emoções...

Assim tangia em tanta solidão,

Tais teclas leves das tristes canções...

Valsa que de mim se fantasia

Nos palcos alegóricos das desilusões,

Enquanto canto, faz-se vazia

Na poesia em que desunem corações...

Puro sangue na rubra escrita,

Que outrora fora seiva de vivência

Agora é o sumo na veia aflita

Que, por si, findou de sua essência.

Ah!Verbo amar, versos ao ar...

Entoa esta alma na dor da falsidade...

Se a vida é eco a se rebelar

Pelos surdos tímpanos da felicidade...

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Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 22 de março de 2015.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 23/03/2015
Reeditado em 18/04/2015
Código do texto: T5179846
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