ALMA ILUSÓRIA
Assim palpitava meu coração,
Descompassado órgão de emoções...
Assim tangia em tanta solidão,
Tais teclas leves das tristes canções...
Valsa que de mim se fantasia
Nos palcos alegóricos das desilusões,
Enquanto canto, faz-se vazia
Na poesia em que desunem corações...
Puro sangue na rubra escrita,
Que outrora fora seiva de vivência
Agora é o sumo na veia aflita
Que, por si, findou de sua essência.
Ah!Verbo amar, versos ao ar...
Entoa esta alma na dor da falsidade...
Se a vida é eco a se rebelar
Pelos surdos tímpanos da felicidade...
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 22 de março de 2015.