Silêncio

O silêncio me leva até o amor

Ultrapassando as barreiras das letras

Das frases, das emoções

Não ouço mais aquela canção

Doce amor que insiste em jorrar em meu peito

Tal sentimento parece ser inevitável quando se quer fugir

As lágrimas já não se controlam

Simplesmente percorrem as curvas do rosto cansado

Batidas involuntárias do coração que não se cansam de gritar teu nome

São apenas batidas, umas fracas e outras fortes

Não se criam

Não nascem

Elas acontecem sem que se perceba

Lindo olhar penetrante da janela

Ao fundo o horizonte a delirar de saudade

Palavras se encontram no céu

E já não reconheço as frases

O percurso mudou o destino de lugar

Não o sinto da mesma forma

Longe daqui, longe de tudo

Ficaram apenas os lápis coloridos de uma velha história

Carol Dinardo
Enviado por Carol Dinardo em 21/03/2015
Código do texto: T5178185
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