O Teatro das Palavras
Num teatro da mente de um poeta
As palavras encenam uma poesia
Cada palavra se une a outra
E juntas contracenam com um verso
A caneta do poeta é o contrarregra
Os espaços entre as estrofes são as cortinas que se fecham
E o começo de outra copla é o abrir das cortinas para um novo ato
Ao fundo do teatro, outras palavras entram em cena
E encantam a todos ao rimarem perfeitamente com as palavras de outro verso
Fazendo de cada estrofe um pequeno universo!
No ritmo da poesia cada palavra inventa uma dança
Fazendo bailar também o coração do poeta
Juntas, pequenas orações encenam grandes sentimentos
Iluminados pelo lirismo da poesia
Até que o poeta, ao se dar por satisfeito, retira a caneta do papel
Fechando a cortina do palco
Dando fim ao último ato do teatro das palavras
Assim se dá a poesia
Um teatro que termina após ter sido escrito
Mas que recomeça sempre que é lido
Por quem aprendeu a enxergar com os olhos do coração!
E a entender com a mente da alma!