MEU SER MEIO QUE SEM O TER

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ÀS MINHAS ETERNAS, AMADAS E QUERIDAS AMIGAS DE SEMPRE

ESSA SIM EU TENHO CERTEZA QUE AINDA SÃO CRIANÇAS ETERNAMENTE

Quando criança eu sempre pesava que quando crescesse jamais seria gente grande igual à tantas "gentes grandes" que via pela rua: sisudas, arcadas, lapidadas pelo tempo mau vivido.

Quando criança eu sempre desejava que quando crescesse jamais seria gente grande copiada de tantas "gentes grandes" que sentia pela rua: mecânicas, inorgânicas, afônicas pelo sentir mau colhido.

Quando criança eu sempre imaginava que quando crescesse jamais seria gente grande equivocada por tantas "gentes grandes" que viviam pela rua: anônimas, anacrônicas, mínimas pelo ouvir mau compreendido.

Quando criança eu sempre esperava que quando crescesse jamais seria gente grande mascarada pelas tantas "gentes grandes" que haviam pela rua: caídas, falidas, feridas pelo querer mau alcançado.

Quando criança eu sempre almejava que quando crescesse jamais seria gente grande machucada de tantas "gentes grandes" que escorria pela rua: tensas, esparsas, difusas pelo buscar mau absorvido.

Quando criança eu sempre acreditava que quando crescesse jamais seria gente grande desesperada de tantas "gentes grandes" que divergia pela rua: aglomeradas, incomodadas, desalojadas pelo seu mau estar.

Quando criança eu sempre meditava que quando crescesse jamais seria gente grande minimizada de tantas "gentes grandes" que vigia pela rua: terminais, territoriais, desiguais pelo seu adolescer sem amar.

ENTÃO ... NADA MAIS FIZ SE NÃO GERAR UNIVERSOS PARALELOS PARA SOBREVIVER ÀS INVESTIDAS DAQUILO QUE JAMAIS DESEJEI SER. MESMO SENDO UM SER ATORMENTADO DE DESASSOSSEGOS AINDA NUTRO A CRIANÇA QUE NÃO SE BASTA NAQUILO QUE COMPARTIMENTA A LIBERDADE EM MÓDULOS E CLASSIFICAÇÕES DELIMITADORAS DO QUE ACREDITO O QUE VERDADEIRAMENTE É SER.