Perguntas Caladas, Bocas Costuradas

Queria saber quanto custariam as perguntas caladas.
Eu queria aquecer o frio das tuas mãos geladas.
Eu queria saber quando o forno apitasse.
Queria não ver quando o trem do que é ruim passasse.
Quanto? Quanto valem as perguntas?!
Aquelas... que ninguém fez questão de responder.
Aquelas! perguntas caladas e costuradas
Que ninguém quis dizer...
Queria poder viver da maneira engraçada!
Com a minha gente, na minha gargalhada.
Queria saber de quanto em quanto tempo esses calombos surgem
Com o ar de uma emboscada.
Queria ter a noção completa de espaço e tempo
Pra que soubesse quando me aproximasse do nada.
Eu queria tropeçar na saída e cair no compasso!
Cantar na parada.
Eu queria poder aquecer o frio das tuas mãos geladas.
Queria saber quanto valem essas perguntas caladas e costuradas...
Queria cozer as suas traqueias fechadas.
Ah! minhas dúvidas congeladas!
E quanto custa o passaporte?
Quanto custa a feijoada?...
A força do mapa erguida da mão barata...
Se tu não enxergares não encontrarás nada.
Bem longe, bem longe, bem longe! ao norte.
Como eu faço um passaporte?
E levo o meu amor comigo
Em sinal de refúgio e abrigo
Em sinal de espada e escudo...
Em sinal de uma questão:
Eu queria saber quanto custariam as bocas costuradas em vão!...
Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 15/03/2015
Reeditado em 29/04/2015
Código do texto: T5170879
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