Eterna juventude

Ser jovem é usar do que tem à mão

Bagunça na areia

Correria

Brinquedos do parque de diversão

Desafios, um pouco mais tarde.

Mostrar aos mais velhos sua própria afirmação

Corajosos e fortes sem pensar para agir

Exalar fluídos por todos os poros

Falar qualquer coisa sem achar que precisa ouvir

É ser explorado por poder fazer

Nem ver que é usado

Se lançar indomado

e achar que é viver

Ser jovem é eternizar a mãe de todas as fases

E não achar que mesmo assim não acabe

É a inquietação

A repetição inédita do que nunca viu

A bendita ignorância

A dor das mudanças que jamais sentiu

Beleza que explode em sonhos

Radar ligado para a ventura

Às vezes é se achar bisonho

Noutras ninguém segura

É ser inseguro porque nunca fez

É precisar coragem porque cada viagem

é quase sempre a primeira vez

Descobrir continuamente que quase acertava

Quando acertar era tudo que mais precisava

Ser jovem é ser tímido

É ser atirado

É o ensaio geral que em muitos casos

Velhos jovens fazem que jamais acabe