Acalmando os medos...

É tarde... Há um silêncio inquietante

Um medo pequeno, que vira gigante

Um nada e um tudo, tão impactante

Um frio n'alma que se faz congelante

Paralisando os sentidos, sem calmante

E olhar segue mirando a lua minguante

Ofuscada pelas estrelas tão brilhantes

Vão ofertando a esperança ao instante

Mudando os pensamentos inconstantes

Moldando os sentimentos mais cortantes

Trilhando essa paz e a fazendo reinante

Acalmando os medos dos sons distantes

E barulhos são apenas pés dos passantes

Um cão ladrando, talvez para o assaltante

O homem comendo, sobras do restaurante

Ou a alma voltando para casa cambaleante.