Navegando em terra
Não te consigo ouvir pelo ruído nervoso de quem não nos vê a silhueta na ombreira da porta e nos grita obscenidades lançadas como balas perdidas no espaço vazio. Acho que também eles não nos ouvem, pela péssima acústica da nossa voz.
Nesta correria do mata-esfola, fugimos como bêbados ensopados no néctar da nossa razão absoluta, que brota da sua sede para cair infértil nos braços da morte que nos olha num pranto em silêncio.
Vivemos num mundo insano, direi.
O meu blog: https://nuances-de-um-saber-sentir.blogspot.com/