RAÍZ DUM PORTA-ESTANDARTE
Frente aos estandartes do movimento frenético
Asfaltos racham sob o canto das suas histórias-enredos.
As "escolas- arte" reciclam materiais
luminosos!
Vindos da alegria não menos reciclada
Como se reciclassem missões advindas
Do tudo que já não se enxerga pelas avenidas secas.
No ensejo algo robotizado,
brotam surpresas esquecidas!
Cachoeiras de águas límpidas
estancadas pela inconsciência
e árvores que agonizam na natureza morta,
tomam vida fictícia a desafiar toda a ciência.
Qual um cenário restolho duma " natureza -museu"
A História repassa seus lamentos...no samba-do pé!
Raízes...já sem pés, sem alma, sem cabeças,
E sem missão definida de presente.
O futuro é só alegoria limitada ao tempo de passagem.
Sopra um resquício de vento
que balança os estandartes mortos.
E mais um grito de guerra se ouve ao longe
Já na vinda dos blocos que fumegam brilhos
Aos olhos distorcidos, lá na apoteose da vida...
Telas renascem em abstratas fantasias planejadas,
Onde um sol dourado, desconfiado e atônito se levanta.
E mais uma moldura reluz ouro...
Sol teimoso...que insiste.
Só porque ainda não lhe foi outorgado pelo Homem
a ordem de se pôr num fictício horizonte
E para todo o sempre.