Despedida VII

Ele sonha que invadiram o lugar comum

E experimentaram a presença do sossego;

Os olhos de todos voltaram a ver

O simples toque de desapegar do supérfluo.

Sonhos são sempre sinceros,

Basta aos loucos laicos entendê-los.

Metendo os bedelhos em sonhos alheios,

Tentando decifrá-los, desfragmentá-los...

Mas obedecendo, com esmero.

Ele já é um sonhador,

Sonha sempre em sons de sinos.

Hoje só sonha acordado – eis alguns marasmos...

Os pesadelos...

São suas sinas.

Assassinas vozes entram em acordo

E acordam em acordes...

Acordam os doentes,

Geralmente nos sonhos bons,

Agora sons estridentes...

Irreconhecíveis tons, cantoria, idioma:

Variam conforme os dias,

Variam conforme o Valium,

Voltamos ao “Frontal com Fanta”.

André Anlub®

(10/1/15)

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