O carrasco
Olhe só esse carrasco
Que toma meu sangue como bebida
Usa-o como tinta
Minha cabeça que rola solta
Lâmina que alimentou minha alma
Não restou nada a não ser mágoa
Nem mesmo sabe meu nome
Sou uma fantasma do passado
Eis a guilhotina meu santuário
Não possui nenhum pecado
Sou da revolução algo que deu errado
E agora no fim permanece marcado
Olhe só esse carrasco
Amaldiçoado
Morre como igual em meus braços.