O Poema Sem Rimas

O infinito é um espelho

E quebra-se em incontáveis pedaços de ilusões.

O eterno se rompe em cacos de realidade.

O combustível melancolia é o único capaz

De mover as engrenagens

Da máquina coração.

Versos de amor

Lidos de trás para frente

Com uma voz engasgada, familiar,

Soluço que sobe do fundo da alma encardida

E se perde no branco dos dentes.

Murmúrios sem rumo

Na penumbra de um relógio atrasado.

Sonhos esquecidos, vãos desejos

E abraços pendentes.

Em um mundo de ódio

O que nos resta fazer

É amar,

Amar do verbo viver

Amo do verbo sofrer.

O Não Poeta
Enviado por O Não Poeta em 08/02/2015
Reeditado em 29/01/2018
Código do texto: T5129498
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