Primeiro poema aos 30
É engraçado e curioso quando a vida da gente vira de cabeça pra baixo.
Num “átomo” de segundo o coração esfria e a banda para de tocar.
A insistência pra se ter humor nessas horas me arrasa.
Daí, paro, penso, lamento pela melancolia que me cega.
Arre! Farta estou!
Tento reza, apelo pra São Francisco, Nossa Senhora, Santo Antônio.
Prometo mil pulos à São Longuinho pra que encontre meu caminho.
Fico confusa com tantos deuses que creio.
Coitados... todos olham por mim.
(e nem sempre olho pra todos)
Nem sei mais que bicho me aperreia.
Nem sei mais se devo estar onde estou.
Rogo praga na idade.
Quis tanto chegar onde estou, mas agora não sei o que fazer com o que carrego.
Ai, ai... Tenho suspirado cada vez mais ao anoitecer e brigado cada vez mais com o amanhecer.
Dias lamento, dias me sinto suficiente, dias me perco, dias me desencontro.
Como diria o Gil: Mãe Senhora do Perpétuo, Socorrei!
Só desejo que qualquer angústia que freqüente minha alma
Se transforme dobrada em sabedoria, alegria, sorte, valentia
E bom humor.
Amém.
Danielle Terra
06/02/15 – Luminárias, MG.