Tão banal

Um pensamento passageiro

Tem ares, por vezes, de poesia

O mesmo raciocínio

N'outras vezes, me soa tão banal...

É só o meu estado

Que passa de sensível e bêbado

Em fração de imundos segundos

Para eco prático em racional vastidão

Quem me dera, meu Pai

Perder- me eternamente e mais

Na loucura sem volta

No labirinto sem fim

Na eternidade tonta

Da música surda e instrumental

Da tonteira embriagada

Da morfina

De um ópio qualquer

Na cegueira do orgasmo apaixonado

Do mergulho silencioso lento e gelado

Do nada

Do escuro

Do mundo sensível e imaginado.

(É que a realidade me incomoda e eu queria me perder na irrealidade da poesia sem volta)

www.litapoesia.blogspot.com

Lita Sahun
Enviado por Lita Sahun em 01/02/2015
Reeditado em 01/02/2015
Código do texto: T5122527
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