Divisa de Fogo ***
Um olhar que me diz tudo,
Num “grito mudo” que eu pude ouvir,
Sangrando a alma que no silêncio,
Fez o seu vinho sem diluir.
Um “não” que não entendo,
Por medo? Eu me pergunto.
Seria um caso proíbido,
Ou a sina deste mundo?
É um fogo que incendeia,
E da rosa extingue o perfume,
Que queima o caule e a raíz,
E não consome o teu ciúme.
Dizemos ser bons amigos,
Entre o amor e a razão,
E por vezes discutimos,
Num ardor de uma paixão.
Deitada na cama da dúvida,
Você me machuca por não decidir,
Se seremos somente amigos,
Ou se eu devo “partir”.
Arderá no peito mais uma vez,
E que seja dito toda a verdade,
_ o que tanto nos restringe,
É AMOR ou AMIZADE?