O tempo...

O tempo que nos abraça

Nunca cessa, mas passa...

Passa voraz, vai distante,

Se fosse homem seria andante...

Ah, Tempo... Tão pouco valor

Damos-te imaginando vaidades...

Buscamos nos teus braços

O vazio de nossas ambições...

És aliado de nossos passos,

Paciente com nossas ilusões...

Trazes até nós a todo instante

Muitas oportunidades de glória...

Cegos, só te vemos no durante

E esquecemos que nossa história

Nós mesmos quem a escrevemos...

Nossos próprios atos a nossa tinta,

O espírito o papel onde teremos

Assinalado capítulos de existência

Eterna e suas conseqüências...

Ah, Tempo que nos abraça,

Que nunca cessa, mas passa...

Passa voraz, vai distante,

Se fosse homem seria andante...