No chá da esquina
As vezes eu acho que não vou conseguir
É mais forte do que a tempestade que passa
Eu tenho forças, que se mostram a mim
Que não sei de onde vem, por que me enlaça.
A continuação de uma vida peregrina
Amordaça as paredes do meu quarto de dormir
Sinto-me passageira, amortecida, sem ar
Jogada ao vento, sentada no tempo a refletir.
Eu queria conhecer mais vezes esse sono
Que me embala nas noites cautelosas
E me traz aquela sensação de bem-estar
E muitas xícaras chá generosas.
E depois, as ventanias somem de mim
Depois de me balançar por inteira
Eu que sentia falta de ar durante as meditações
Achando que ainda era minha prisioneira.
Soprei um punhado de liberdade pela janela
Já que o tempo parou para pensar comigo
Ainda não sei se devo ou não fazer
Aquilo que pensei em fazer, no final de domingo.
Peço a Deus que clareie a minha mente
Para que eu possa tomar a melhor decisão
Não quero cair, sem resolver, as minhas armadilhas
Quero seguir com amor e priorizar o meu coração.