Colhendo os versos
[...]
E em todas as manhãs quando ela ia ao jardim eu estava a admirar a sua beleza, ... era lindo como ela tocava as pétalas das rosas e eu imaginava a suavidade de suas mãos em cada uma delas. O sol nascia na mesma direção da minha janela e ela sempre acenava com as mãos sem saber o que acontecia com o meu coração. Seu sorriso era como uma chave que abria o dia mais bonito pra mim, eu acenava, olhava e depois sorria também. [...] Um dia quando abri a minha janela vi que o jardim estava vazio e nem os botões haviam eclodido. Me veio a notícia que aquela menina havia partido, então pedi ao sol pra nascer em outra direção[...]
Passaram-se dias até que abri novamente a minha janela e olhei a arvore tatuada com seu rosto, desci e fui até lá, ao chegar percebi que não era somente o seu rosto, era um retrato de todas as nossas manhãs. [...] chorei ali...