O medo e o desejo
O medo corrói as dores da vida,
Destrói as duras penas
O que modela na fenda
Entre as linhas, o degredo
E a veracidade das coisas...
Nada se corrompe de repente
E a eternidade se torna pequena
Ao longo desse poema
E tudo parece áspero,
Sem aquela força extrema
Sentida em tempos remotos
E nada se corrompe,
Somente o medo,
Pequeno e enorme em momentos
Semelhantes.
E nada mais se remete ao futuro
Como um furo a ser aberto
Ao longo de desejos certos.