O medo e o desejo

O medo corrói as dores da vida,

Destrói as duras penas

O que modela na fenda

Entre as linhas, o degredo

E a veracidade das coisas...

Nada se corrompe de repente

E a eternidade se torna pequena

Ao longo desse poema

E tudo parece áspero,

Sem aquela força extrema

Sentida em tempos remotos

E nada se corrompe,

Somente o medo,

Pequeno e enorme em momentos

Semelhantes.

E nada mais se remete ao futuro

Como um furo a ser aberto

Ao longo de desejos certos.

Ricardo Miranda Filho
Enviado por Ricardo Miranda Filho em 21/01/2015
Reeditado em 06/03/2020
Código do texto: T5109430
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