Aurora mental

Aurora nascera em meio à uma tempestade e já tinha como bagagem uma série de histórias.

Histórias sem fim ou, inesperadamente, finalizadas.

Aurora sabe que escrever é editar silêncios e é transbordar palavras nesse vácuo que é a vida.

Aurora não é moça vivida.

Aurora é moça vivente.

(In)displicente.

(In)consequente.

Aurora não é ponto final;

Aurora é, sem dúvidas, reticências...

E esperança é o que a move.

Vez ou outra, Aurora atropelava-se na quantidade de metamorfoses que sofria.

E sof(ria) porque sabia que, assim, existia.

Aurora nascera sem se dar conta de que isso acontecia.

E sorria.

Nadine Borges
Enviado por Nadine Borges em 18/01/2015
Código do texto: T5105493
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.