Aurora mental
Aurora nascera em meio à uma tempestade e já tinha como bagagem uma série de histórias.
Histórias sem fim ou, inesperadamente, finalizadas.
Aurora sabe que escrever é editar silêncios e é transbordar palavras nesse vácuo que é a vida.
Aurora não é moça vivida.
Aurora é moça vivente.
(In)displicente.
(In)consequente.
Aurora não é ponto final;
Aurora é, sem dúvidas, reticências...
E esperança é o que a move.
Vez ou outra, Aurora atropelava-se na quantidade de metamorfoses que sofria.
E sof(ria) porque sabia que, assim, existia.
Aurora nascera sem se dar conta de que isso acontecia.
E sorria.