Lápis Branco

Os traços sutis de um lápis branco

Preenchem muito mais do que uma mente branca.

Preenchem os vazios onde não há esperança

E as lembranças e o templo de pranto.

Os traços anis, carmins, lilases

Suavizam-se no opaco cor-de-nada

E na busca pelo tom perfeito, na caçada,

O que importa é a chegada, as pazes.

Luz e sombras, sintoniza o rabisco antigo.

É amigo dos pormenores, dos meio-tons.

Ele ama o que é mau e o que é bom.

Ele não tem inimigos.

Ele é um eterno retorno

É medida, é paladar.

De tudo que é belo, tudo que há

Entre as sombras

E o entorno.

É tudo o que sobra,

É tudo que não é

E não sendo, eterno é

A mais perfeita obra.

Victor Yomika
Enviado por Victor Yomika em 15/01/2015
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