Exceções
A exceção permite graça na vida
Pois a vida em si
É repetição engessada do meu agora
Agora, agora, agora
Disse isso quantas vezes?
Tenho medo de não ter nada para o próximo verso
Tenho eu fim?
A lógica afirma
O sentimento sustenta
Sou eu louco para sentenciar
Controverso
Não sou nada alem de ninguém
Perdido só tenho palavras e metade de um cigarro
Não posso beber
Não consigo foder
E chapar, é ficar no café
Me permita viver
Me afirme algo
Me diga que estou livre
Pobre, puto e acabado
Ainda por ser sempre o delírio...
Quando o silencio cai sou sempre eu culpado
Talvez
Talvez de onde vim cala-me a sina...
Dura um cigarro
E vai um dia de cada vez
Assim permite o verso
O verso
Mais um verso