Destino traçado.
Engraçado...
Num momento solitário pensei no destino.
Traçado foi o meu, sem que me pedissem permissão.
Por quem?
Busco sempre essa resposta e sempre bato com a cara na porta, a fazer tantas interrogações.
Talvez eu esteja sendo “boba” ao indagar o por que.
Mas quero e preciso entender onde foi que me perdi.
Silenciosamente caminho sem me queixar.
O meu sofrimento não é o único, outros sofrem.
A minha dor não é maior que a dos outros.
Há... Boba sou eu por o destino querer entender...
Às vezes pessoas entram em nossas vidas, transforma nossos dias e noites...
Preenche-nos de algo que a muito buscávamos, torna nossos dias alegres e coloridos.
Faz-nos sentir num paraíso, deixa em nossos lábios sempre o riso.
E sem pedir permissão partem.
Sem nem ao menos dizer um adeus.
Será que também já fiz isso com alguém?
Se o fiz não tenho lembranças.
Pois sempre procuro ser transparente em minhas ações.
Mas traiçoeiro é o destino.
Ele sempre leva tudo que tenho sonhado...
E arrasa-me cada vez mais neste caminhar, nesta estrada.
Brinca com meus sentimentos e emoções.
Não escuta meu coração quando solta o grito.
Não ouve o silencio da minha alma.
Não enxerga o amor que tanto amo.
Não percebe que a vida se esvai sem rumo.
E que muito breve partirei deste mundo.
Algoz destino...
És surdo, mudo, cego e sem coração!
Não enxerga a minha aflição, tem sempre a linha traçada...
Não volta atrás, não muda a direção.
Não dá ouvido, razão, não aceita minhas decisões.
Pois é dono a razão!
Então só resta-me aceitar-te?