Destino traçado.

Engraçado...

Num momento solitário pensei no destino.

Traçado foi o meu, sem que me pedissem permissão.

Por quem?

Busco sempre essa resposta e sempre bato com a cara na porta, a fazer tantas interrogações.

Talvez eu esteja sendo “boba” ao indagar o por que.

Mas quero e preciso entender onde foi que me perdi.

Silenciosamente caminho sem me queixar.

O meu sofrimento não é o único, outros sofrem.

A minha dor não é maior que a dos outros.

Há... Boba sou eu por o destino querer entender...

Às vezes pessoas entram em nossas vidas, transforma nossos dias e noites...

Preenche-nos de algo que a muito buscávamos, torna nossos dias alegres e coloridos.

Faz-nos sentir num paraíso, deixa em nossos lábios sempre o riso.

E sem pedir permissão partem.

Sem nem ao menos dizer um adeus.

Será que também já fiz isso com alguém?

Se o fiz não tenho lembranças.

Pois sempre procuro ser transparente em minhas ações.

Mas traiçoeiro é o destino.

Ele sempre leva tudo que tenho sonhado...

E arrasa-me cada vez mais neste caminhar, nesta estrada.

Brinca com meus sentimentos e emoções.

Não escuta meu coração quando solta o grito.

Não ouve o silencio da minha alma.

Não enxerga o amor que tanto amo.

Não percebe que a vida se esvai sem rumo.

E que muito breve partirei deste mundo.

Algoz destino...

És surdo, mudo, cego e sem coração!

Não enxerga a minha aflição, tem sempre a linha traçada...

Não volta atrás, não muda a direção.

Não dá ouvido, razão, não aceita minhas decisões.

Pois é dono a razão!

Então só resta-me aceitar-te?

Sol Almeida Bianchi
Enviado por Sol Almeida Bianchi em 11/01/2015
Código do texto: T5098639
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