Manufatura

É intrínseco: de tão feio teu vazio

Por que não me respondes, poema?

Eu que hoje – sempre – te cuido

Faço a massa, levo ao fogo, esfrio...

E tu voltas sempre mais duro

Insensível com a veracidade pela

Qual eu falo da minha estadia

Neste utópico mundo que idealizo

Não, eu não quero ouvir teus versos

Já me sinto não eu na terceira

Ou quarta palavra: pau, porto

Paris, peixe, porcos, piolhos

Pois quando de ti me vem saudade

Poema, eu leio os outros

Para encontrar uma palavrinha só

Que te faça um pouco meu

Ugo Costa
Enviado por Ugo Costa em 07/01/2015
Código do texto: T5093348
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.