MINHA ROUPAGEM
Tiro minha roupagem
cansado de desilusão
sem cor,
sem nome ou som,
sem forma,
sem dia,
sem amor.
Visto-me magnificamente
de imperatriz da vida
dona do universo
de todas as canções.
Busco nas estrelas
o brilho maior da existência.
Maravilhosamente bela
despeço-me da tristeza
do imperativo domínio
do mal-querer.
Mergulho nas águas tranquilas
das lembranças
e vivo por um dia
a liberdade de ser
reacendendo o amor
ao meu viver.