Toco-te, silêncio...

Toco-te, silêncio...

Chega de questionar-me, chega de punir-me

Toco tuas mãos, já que não posso tocar outras mãos

Curvo-me as minhas verdades, só elas interessam-me

Meus segredos mais secretos, só tu os sabes

Não direi a ninguém mais, eles abandonam

Meus lábios calam-se, assim deve ser

Minhas palavras serão poucos, raros que entendem

Sou feito bicho raro, algo de outro planeta

Alguém que não atraí

Então

Toco-te, silêncio...

E faço tua casa, minha morada

Não corro riscos, não me apego, não me mostro

Apenas, calo-me...

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 04/01/2015
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