Toco-te, silêncio...
Toco-te, silêncio...
Chega de questionar-me, chega de punir-me
Toco tuas mãos, já que não posso tocar outras mãos
Curvo-me as minhas verdades, só elas interessam-me
Meus segredos mais secretos, só tu os sabes
Não direi a ninguém mais, eles abandonam
Meus lábios calam-se, assim deve ser
Minhas palavras serão poucos, raros que entendem
Sou feito bicho raro, algo de outro planeta
Alguém que não atraí
Então
Toco-te, silêncio...
E faço tua casa, minha morada
Não corro riscos, não me apego, não me mostro
Apenas, calo-me...