Viajo por caminhos
carrego dores e afetos
sussurros da louca alma
a buscar sossego.

Porto armaduras
para ter coragem
na aventura constante,
das andanças de mil paradas.

O querer é sem amarras
dou trégua às armas
e à memória do sofrer
no colo do ‘talvez amor’,

Desfaço laços nos abraços,
para caber no céu da tua boca,
lamber sonhos e morrer um pouco,
no louco encanto do ‘se atrever’.

Instantes em que sou brisa
sorrio e espanto o feio medo
brinco no calor abrasante
bordada de noite e enfeitada de lua.

Amo como o primeiro...
transbordo como o último
deixo estrelas no teu corpo
farto a vingar-me da solidão.

Prossigo caminhos sinuosos,
tortos, matizados de lembranças,
avanço certa de saber correr,
e recolho lírios floridos de cada dor.


imagem pixabay
Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 31/05/2007
Reeditado em 08/05/2020
Código do texto: T508732
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