FILOSOFIANDO IDEIAS- SOBRE ATOS E FATOS - ROBERTA LESSA

FILOSOFIANDO IDEIAS - SOBRE MODOS E MANEIRAS

Ah! Mau dito senso comum, náufragos somos, sequer percebemos.

Ah! Bem dita palavra sem nexo, ondas somos, sequer percebemos.

Ah! Falta do sentido comum da arte onde ideologias eram embasadas e desprovidas de negociação.

Ah! Falta do escrúpulo subvertido da arte, onde a parte que mais tocava era não dar sentido ao que era putrefato.

Ah! Seres e não seres que me habitam e que me rondam a cercear não só a mente, mas cercam-me até que "fisicalizam" a arquitetura de meu corpo.

Ah! Seres e não seres que tecem cenas e tem sabores de arte; jamais (se) explicam (n)a arte, pois dela são: preenchidos e preenchimento.

FILOSOFIANDO IDEIAS-SOBRE TEMPOS & MEMÓRIAS & CIDADES

Cabe ao tempo a sabedoria do nada saber

Cabe à memória a distancia do não esquecer

Cabe à cidade a arquitetura do sobreviver

Sabe do tempo quem o absorve cotidianamente

Sabe da memória quem não faz questão de permanecer

Sabe da cidade quem estrutura o alvorecer

Contem o tempo aquele que nele é contido

Contem a memória aquele que nela é presente

Contem a cidade aquele que nela habita

Percebe o tempo o ausente e distanciado

Percebe a memória o que veio e o que fica

Percebe a cidade o que se sabe e reconhece

FILOSOFIANDO IDEIAS- INCOERÊNCIAS & VIDA

Como olho criticamente e sequer me observo?

Como julgo e sequer avalio-me?

Como discurso e sequer vivo?

Como diminuo e sequer elevo?

Como atuo e sequer me aprofundo?

Como corrijo e sequer me lapido?

Como condeno e sequer avalio?

FILOSOFIANDO IDEIAS - HOJE A MINAS QUE HÁ EM MIM

Hoje estou Minas, há minas em mim.

Mina em mim parte de minha gente das Gerais

Gente que gira feito vento que ala minhas idéias.

Hoje estou olho no olho, língua na boca aguardando momento da fala.

Sabores e cores que completam sentidos e sentimentos

Povo quieto e muito falante nos gestos poucos

Sou pouco Minas, louco sentido dado ao povo de lá... e ao de cá...

FILOSOFIANDO IDEIAS - SOBRE FALAS E SÍNTESES

NÃO TENHO E NEM DESEJO O PODER DA SÍNTESE, SERES INTENSOS SÃO ENCORPADOS DE IDÉIAS. DESEJO SERES COM MOLHO DENSO, SABERES INTENSOS, FAZERES ARTICULADOS, DIZERES NECESSÁRIOS. QUE A LÍNGUA CALADA PAGUE PELO SILÊNCIO BEM MAIS QUE PAGA QUEM FALA. MAS TAL PREÇO VALE A PENA, SE A CENA FOR MAIOR AO VER A FALA PROPAGADA. NÃO TENHO, NEM DESEJO DE PODERES SINTÉTICOS, HERMÉTICOS, MAS DA DIFUSÃO DO QUE SOU SEM O TEMOR DE NÃO PODER OLHAR NOS OLHOS DE QUEM ME OUVE.

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 18/12/2014
Código do texto: T5073496
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