Estrangeira


No meu País,
entre os meus,
sinto-me estrangeira.


Ninguém se entende,
então eu me calo
e vivo a observar.


E a língua deles
eu vou escutando.
E, por mais que eu tente me adaptar,
continuo estrangeira.


Língua essa esquisita,
que tem dom de iludir,
que cala minha voz,
que gera opressão.


E minha oposição
a essa língua esquisita
é o meu silêncio,
onde aprendo a lição.


Nesse País de estrangeiros,
minha língua se chama atitude!
Posso não me expressar na voz,
porém jamais nas minhas atitudes!



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Eu vou calada, mas aprendendo...
Glorinha Gaivota
Enviado por Glorinha Gaivota em 30/05/2007
Código do texto: T506491
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