Carmim

Não sei de mim, sou um esboço de mim

Não sei em que tempo ou lugar estou

E a vida vai rindo de mim

A cada vez que me levanto do que restou

E que vontade de explodir

Como as extensas galáxias desse universo

Onde me torno uma cor pura

Onde não fazem sentido meus versos

A cor vibrante

Como o sangue pulsante em minhas veias

Bombeando meu frágil coração

Que cheio de incertezas incendeia

No espaço-tempo daquele velho encontro particular

Daquele velho abraço que fez meu peito pulsar

Naquele velho saguão onde o tempo congelou o nosso olhar

E que pecado...madrugar mais um dia

Oferecer uma moeda por cada pensamento teu

Adentrar na tua bolha púrpura e fugir contigo por qualquer via

Como se todos os nossos ponteiros fossem se acertar

Como se no último segundo tudo pudesse ser salvo

Como se no último desejo eu pudesse estar do teu lado

Como se fosse meu o batom que (de)marca teu corpo e tua boca

Aquele meu batom, cor de carmim.

Kajuuh
Enviado por Kajuuh em 05/12/2014
Reeditado em 19/09/2016
Código do texto: T5059214
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