O bom e velho (Donjuanismo)
das culpas a menor aparente
bem assim
indecente e ciente da própria fraqueza
bato e rebato
e a tua dita e premeditada beleza
consiste no que não vejo
mas desejo o convite subliminar
quero que implore
quero que sinta e deixe que eu mesma devore
cada pedaço de rasgada poesia
papel em carne viva
se desfaça em tinta
e desfaleça meu
Não queria nesta a palavra sedução
é tão óbvio e marcante
como o que renegas e insiste no não
pouco me importo
és meu
és insólito
Espelho diga o que quiseres
de mim
mas não se esqueças
me refletes
por inteiro pena que a alma derradeira
não se acalma diante de ti
pouco sabes
apenas
Reflexos