O bom e velho (Donjuanismo)

das culpas a menor aparente

bem assim

indecente e ciente da própria fraqueza

bato e rebato

e a tua dita e premeditada beleza

consiste no que não vejo

mas desejo o convite subliminar

quero que implore

quero que sinta e deixe que eu mesma devore

cada pedaço de rasgada poesia

papel em carne viva

se desfaça em tinta

e desfaleça meu

Não queria nesta a palavra sedução

é tão óbvio e marcante

como o que renegas e insiste no não

pouco me importo

és meu

és insólito

Espelho diga o que quiseres

de mim

mas não se esqueças

me refletes

por inteiro pena que a alma derradeira

não se acalma diante de ti

pouco sabes

apenas

Reflexos

Gammy
Enviado por Gammy em 04/12/2014
Código do texto: T5058681
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