Frida

Se a vida é essa passagem do tempo

Que insiste em levar partes de mim

Já não resta nenhuma esperança

Somente a espera do fim

Eu sou a desintegração

Carrego todas as chagas do mundo

A completa solidão

O tom escuro mais profundo

Chamaram-me de surrealista

Um erro, dos mais grosseiros

Nunca pintei um só sonho

Somente minha realidade-pesadelo

Vou mal e irei ainda pior

Vivendo enquanto puder pintar

Aprendendo pouco a pouco a ser só

Já começo a me acostumar

Mas creio que o melhor é partir

Espero nunca mais voltar

Que tudo isso acabe num instante

Já que as mágoas aprenderam a nadar

Pés, para que te quero,

Se tenho asas para voar?

(Homenagem a Frida Kahlo)

Fhernando
Enviado por Fhernando em 01/12/2014
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