Incrivelmente inflexível e inflamável.

Eu tenho fome e quero saciar-me.

Eu posso dividir contigo mas não guardo um bocado para amanhã, é difícil entender que deves amar-me?

Dever pois estamos traçados, entrelaçados, como na teia a aranha.

Eu conheço as cores e sabor dos amores, sou intensa não sou de corredores. Quero conhecer você,

saber se seu cheiro é doce como o meu, ou de quê?

Entre as idas e vindas na sala presto atenção no que meu irmão ouve.

Te chamo parece que não me escutas,

para ti, nem meu desejo o aprouve?

Quando pegará aquele avião? Ou horas no ônibus?

Tenho um leão em mim a pensar e um leopardo a ponto de te devorar.

Quando minha caça chegará?

Encanto-me com a noite quente quando estais e quando não o tenho,

fria

fico

fazendo

força

fielmente

fabricando

fábula

feia

ferindo-me

feito

fel!

Tudo foi diminuindo com o passar do tempo.

Vamos em boa hora,

vamos embora,

vamos simbora,

vambora,

bora,

"bó",

e sobrou apenas o aceno com a mão...

Assim como você, sobrou teu contato escrito num papel no chão.

Judy Cavalcante
Enviado por Judy Cavalcante em 30/11/2014
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