Mais que o devido

Pões o dedo nas feridas

e nos lábios.

Gostas da dor que se segue

em silêncio, do baque medido,

das viagens perdidas, estradas e lama,

da força do acaso sob chuva.

Ah, a chuva...

Molha tão ardentemente um coração

que arde descompassado e sobrante.

Abafa os sentidos e a circulação que

andam presos às mãos

que se prendem às flores.

O lábios silenciam mais que o devido,

a feridas escarnecem das poesias

e pões agora um fim ao que

se esperava ser tão início.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 30/11/2014
Código do texto: T5053437
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