Mais que o devido
Pões o dedo nas feridas
e nos lábios.
Gostas da dor que se segue
em silêncio, do baque medido,
das viagens perdidas, estradas e lama,
da força do acaso sob chuva.
Ah, a chuva...
Molha tão ardentemente um coração
que arde descompassado e sobrante.
Abafa os sentidos e a circulação que
andam presos às mãos
que se prendem às flores.
O lábios silenciam mais que o devido,
a feridas escarnecem das poesias
e pões agora um fim ao que
se esperava ser tão início.