TENTATIVAS INSÓLITAS - ROBERTA LESSA
TENTATIVAS DE REFLETIR O NÃO ÓBVIO
Reverenciemos os verdadeiros Mestres, nem todos os são reverenciáveis.
Verifiquemos os verdadeiros Caminhos, nem todos os são verificáveis.
Louvemos os verdadeiros Heróis, nem todos os são louváveis
Amemos os verdadeiros Amigos, nem todos os são amáveis.
Observemos os verdadeiros Elogios, nem todos os são observáveis.
Busquemos os verdadeiros Rumos, nem todos o são buscáveis.
Respeitemos os verdadeiros Sábios, nem todos o sã respeitáveis.
TENTATIVAS DE PREFERIR O NADA GÉLIDO
De mestres o tempo é percorrido por muitos que tentam
De caminhos a vida é permeada por muitos que se cruzam
De heróis a sociedade é povoada por muitos que lutam
De amigos o conviver é perpassado por muitos que continuam
De elogios a boca é procurada por muitos que acreditam
De rumos a escolha é perpassada por muitos que cegam
De sábios o medo é potencia por muitos que negam
TENTATIVAS DE PROFANAR O JÁ PÉRFIDO
Tentar mestria é buscar o incomum do viver
Cruzar caminhadas é elevar o desafio do crescer
Lutar heroicamente é distanciar o temor do padecer
Continuar amizade é reinventar o sorriso do reviver
Acreditar elogios é ostentar o óbvio do desconhecer
Cegar rumos é tentar o consolo do padecer
Negar sabedoria é aceitar o controle do esmorecer
TENTATIVAS DE PROFERIR O TÃO LÓGICO
A flor é referencia na natureza quando dela é beleza plena.
A beleza é preferência da estética quando dela é força serena.
A força é desistência da perspicácia quando dela é parte pequena.
A parte é dominância do todo quando dele é união terrena.
A união é ocorrência do social quando dela é escolha juvena.
A escolha é insistência do equívoco quando dela é opção falena .
A opção é incumbência do erro quando dela é referências obscena.
TENTATIVA DE PROTEGER O JÁ MÁGICO
Em natureza nada se é pois tudo é súbito movimento.
Em pureza nada se tem pois tudo tem mérito caimento.
Em esperteza nada se quer pois tudo quer séquito momento.
Em dureza nada se pode pois tudo se pode intuito cabimento
Em grandeza nada se deve pois tudo se deve crédito firmamento
Em leveza nada se mede pois tudo se mede inédito acordoamento
Em destreza nada se cala pois tudo se cala súdito amoldamento.
TENTATIVA DE DETER O QUASE LIBERTO
Tento o teto mas não há céu para se voar
Tento o tiro mas não há véu para desvelar
Tento o tato mas não há meio para desnudar
Tento o tudo mas não há forma para abarcar
Tento o time mas não há tempo para se sentar
Tento o todo mas não há conjunto para se somar
Tento o tido mas não há tempo para de passar
TENTATIVA DE RETER O JÁ FLUÍDO
Voar em tempo hábil é tentar o teto do tiro
Desvelar em tempo ignóbil é tentar o tiro do tato
Desnudar em tempo útil é tentar o tato do tudo
Abarcar em tempo gentil é tentar o tudo do time
Sentar em tempo fútil é tentar o time do todo
Somar em tempo sutil é tentar o todo do tido
Passar em tempo fértil é tentar o tido do tempo
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