DESEJO
O poeta apenas sente
necessidade de escrever,
o quê não sabe dizer.
Mas é premente.
Caneta e papel! Urgente!
O desejo é como química;
para realizar-se plenamente
precisa combinar elementos
equilibradamente,
como um amante que mente.
O desejo do poeta
é escrever a fartar-se,
rimar se puder,
porque a rima se rica
é o gozo da poesia.