Andar de Ônibus: do Amor ao Ódio, uma Fração entre Faróis!
E a relação é de aparências
ás vezes o espaço é sufocante
não cabe nem minhas reticências...
E a relação é de metro cúbico
é de táxi em filme americano
é tudo tão velado
e descarado
que alguns põe panos se cobrem e descobrem
seu pior dentro do cotidiano
é o menino no farol
é o frio que a menina não sente
é a senhorinha que não sabe quantos decibéis se fazem necessário
para um interurbano
é João é José
é Ana, Amanda
é Paulista, é Baiano, é Paraibana
Não tem raça, não tem crença
tá todo mundo ali, junto e aquilo parece mais uma prensa
Ignorando pensamentos, livros ou fones de ouvido
a empresa te faz teu esgoto por que não um pinico,
e muito se aceita, se vence no grito
Pessoas sorriem, se beijam, pedem licença
e se acomodam em nossas vidas
todos, e todos os dias
e nesses que não são poucos
muito choro, muito dou risada
faço poesia e as vezes piada
Sou a massinha de modelar do pedestre
que tem como condutor alguém que se fez refém da situação
eu dou sinal, entro certa de que alguns me verão
outro não
mas que cada história marca
a minha condução na condição de ser
tudo nessa vida Passageiro
repetindo ou parafraseando alguém que disse
Menos o Cobrador e o Motorista
O Farol sempre estará ali, mesmo que não funcione, mesmo que em seu pleno estado de uso
Vermelho = Paixão
Verde= Esperança
Amarelo = Paciência!