Quantas Vezes...
Não viveu por ser
Covarde diante
Da beleza da vida
E da grandeza do mundo.
Deixou de viver
Por sentir medo
De não saber falar
Sobre o que pensava
E sobre o que sentia.
Não viveu por sentir-se
Pequeno e sem graça
Diante do olhar das pessoas.
Deixou de viver
Uma grande emoção
Por pura timidez
De demonstrar o que
O coração sentia.
Não viveu a ternura
Mais linda da vida
Por não achar digno
Deste sentimento.
Deixou de viver
A beleza da vida
Por achar-se feio
Sem graça diante do mundo.
Não viveu o carinho
Por não achar-se digno
De receber afeto de ninguém
Deixou de viver
A alegria da vida
Achar-se triste e sem graça
Diante da alegria do viver.
Não viveu o amor
Por não achar-se
Merecedor de um sentimento
Tão nobre quando o amor.
Quantas vezes...
Lucimar Alves