SEM SENTIDO
Na espontaneidade de um acaso,
Na verdade do improviso,
Nos limites torpes de um vaso,
Na falsidade de um aviso.
Quem vai bater, não ameaça
O cão que late não morde
Quem vai amar já logo abraça
Quem vai reinar já nasce lorde
Se o vaso não segura a flor
Se a terra não mata semente
Se o coração não esquece o amor
Se a poesia me escapa a mente.