EXATIDÃO
No exato momento que nasci, desandei a sentir, a sentir, a sentir, e falei
- Nesse instante nada pude fazer a não ser o deixar sentir.
No exato momento que percebi, arrisquei o falar, o falar, o falar, o sorrirei
- Nesse rompante nada pude deter a não ser o deixar falar.
No exato momento que previ, inventei de sorrir, e sorrir, e sorrir e cantei
- Nessa constante nada pude querer a não ser o deixar sorrir
No exato momento que acresci, pulsei à florir, à florir, à florir e amei
- Nesse mirante nada mais pude dizer a não ser o florir
No exato momento que pari, cheguei à amar, e amar, e amar, e calei
- Nesse diletante nada mais pude poder a não ser o amar
No exato momento que cresci pulsei e calei, e calei, e calei, e lutei
- Nesse restante nada mais pude caber a não ser o calar
No exato momento que pari cheguei e lutei, e lutei, e lutei e nascerei
- Nesse pujante nada mais pude conter a não ser o lutar
Dedico essa escrevinhação à Regina Maura O. Conor