Quem sou eu?

Que retrato é esse,

Que passeia em minha casa,

Vai de um lugar para o outro,

Vai...querendo ser auto-retrato.

Mas,eu mudo confusa de lugar.

Coloco os meus olhos,no quarto.

As minhas mãos na sala.

Os meus pés,vão no telhado.

Não costumo quebrar nada,

Piso leve,feito passarinho.

E quando noto,já nem estou mais

Ali.Aqui,coloco a minha verdade,

A minha saudade,os meus delírios...

Quando vejo,lá estão os meus olhos

No amor de novo,azulando a minha intensidade.

Talvez,se os meus olhos fossem escuros,

Não seriam tão profundos,quando buscam.

Quando pingam os meus pedacinhos,ofuscam

O meu sorriso,mas eu preciso desses pingos.

E as minhas mãos,já não repousam na sala,

Estão aqui,tão intensas,que não querem parar.

Eu não mando nelas,nem nos meus pés...

Rodopiando a poesia,pisoteando feito criança,

É assim a minha crença.Nasci propensa à

Ser intensamente descuidada com os tropeços...

Caio,levanto,esqueço...e vou de novo,

Levada pelo vento,pela crença,pela poesia.

A poeira dos meus passos,não esqueço.

Adormeço mulher,acordo menina.

Embalo os meus sonhos... e sou

Novamente mulher,de véus,sonhos e

Poesias.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 27/05/2007
Reeditado em 27/05/2007
Código do texto: T502921
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