O tempo sem empo
As coisas me tomam por inteiro.
O meu suor, o meu ar que expiro, porque luto.
O futuro é que me arrasta
Fazendo a terra beijar a minha testa.
O presente me pegou forte nas mãos e faz-me andar depressa.
Os ponteiros ficam loucos, pulando em saltos quânticos
Em frações de segundos.
E quando o dia se cansa
E o seu ruído emudece,
A noite já sai batendo com as mãos,
Tremulando minhas pernas,
Massageando os meus soluços
E por fim, dopa minha vista.
Ela beija meu esquecimento
E durmo.
Daniel Pinheiro Lima Couto
04/04/07