Para Drummond

Cada palavra alcança o lugar certo

No tom, na medida, como um concerto.

Em ritmos que ditam a agitação e a calma.

Nas entrelinhas flutuam mensagens

Nos versos surgem sonhos e imagens

Que fazem entorpecer e encantar a alma.

Que sujeito é este que é de ontem e de agora?

Que chega, transforma e depois vai embora?

Que domina a multidão com os seus poemas, sozinho?

Que nos faz ir, voltar, ler e reler?

Que nos faz rir, chorar e perceber

A importância de uma pedra no caminho?

Há momentos em que ficamos sem ação...

Somos, então, tomados pela emoção...

Como falar sobre um poeta tão completo, tão bom?

Sou José e pergunto: “E agora, Drummond?”