ÓBVIO

ÓBVIO

Quantas vezes me perdi

Escravo do óbvio

Com medo da mudança

De flertar com a utopia

Entregando-me à imobilidade

Paralisado pelas certezas

Que me jogavam na cara

E as aceitava como dogma

Sem questioná-las

E agora vejo

O quanto a coerência

Fez de mim um passageiro

Que não escolheu seu caminho

Que parece ter nascido pronto

E foi se desgastando

Deixando de aprender

Que a mudança é

A clausula maior da existência

E que a cada dia

Uma nova edição é ampliada

E nada é definitivo

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 31/10/2014
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