ÓBVIO
ÓBVIO
Quantas vezes me perdi
Escravo do óbvio
Com medo da mudança
De flertar com a utopia
Entregando-me à imobilidade
Paralisado pelas certezas
Que me jogavam na cara
E as aceitava como dogma
Sem questioná-las
E agora vejo
O quanto a coerência
Fez de mim um passageiro
Que não escolheu seu caminho
Que parece ter nascido pronto
E foi se desgastando
Deixando de aprender
Que a mudança é
A clausula maior da existência
E que a cada dia
Uma nova edição é ampliada
E nada é definitivo