Explosão Interna

A cada dia fui morrendo aos poucos...

Para aliviar a dor cruciante da perda lenta

De uma existência que aos poucos perdia o sentido

Na tentativa de sobreviver,

Me dividi em duas vidas.

Achei aconchego no fundo de minha alma

No fim de um túnel escuro, onde escondo e acorrento

Toda dor, toda lágrima, toda a falta de esperança

Ah os sentimentos e suas conseqüências avassaladoras!

Uma dádiva ou uma arma autodestrutiva, poder sentir!?

Me tornei uma máquina.

Automaticamente minha face sorri

Para aqueles que estão a minha volta

Mas a realidade é cruel, sou humana e frágil

Fingir ou fechar os olhos, não me tornaria mais forte

Eu criei minha própria prisão

Presa dentro de minha mente

Permaneço.

Acorrentada dentro de mim mesma

Perdida em um túnel

Sem uma luz para guiar o caminho...

Tudo que escondi, agora clama para sair

Meu interior grita. Estremeço.

Ouço o som do ranger das correntes

O barulho atordoante do portão da prisão

Sendo forçado a abrir

Uma luta interna

Até quando terei forças para segurar essas colunas!?

Aguardando o dia que poderei ser libertada...

Isis Lima
Enviado por Isis Lima em 18/10/2014
Reeditado em 18/10/2014
Código do texto: T5003795
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