Explosão Interna
A cada dia fui morrendo aos poucos...
Para aliviar a dor cruciante da perda lenta
De uma existência que aos poucos perdia o sentido
Na tentativa de sobreviver,
Me dividi em duas vidas.
Achei aconchego no fundo de minha alma
No fim de um túnel escuro, onde escondo e acorrento
Toda dor, toda lágrima, toda a falta de esperança
Ah os sentimentos e suas conseqüências avassaladoras!
Uma dádiva ou uma arma autodestrutiva, poder sentir!?
Me tornei uma máquina.
Automaticamente minha face sorri
Para aqueles que estão a minha volta
Mas a realidade é cruel, sou humana e frágil
Fingir ou fechar os olhos, não me tornaria mais forte
Eu criei minha própria prisão
Presa dentro de minha mente
Permaneço.
Acorrentada dentro de mim mesma
Perdida em um túnel
Sem uma luz para guiar o caminho...
Tudo que escondi, agora clama para sair
Meu interior grita. Estremeço.
Ouço o som do ranger das correntes
O barulho atordoante do portão da prisão
Sendo forçado a abrir
Uma luta interna
Até quando terei forças para segurar essas colunas!?
Aguardando o dia que poderei ser libertada...